A Pedra do Calendário Solar
ou o Calendário Asteca

Texto de René Haurón

Desde a descoberta em 13 de Agosto de 1790 da monumental escultura de “Coatlicue” ao repavimentarem a praça principal da Cidade de México e logo mais, em 17 de Dezembro do mesmo ano, da Grande Pedra do Calendário Solar (Calendário Asteca) e, por coincidência, no mesmo dia e no mesmo mês, um ano mais tarde, da Pedra de Tizoc, passaram-se mais de 200 anos e durante esse tempo, dois séculos, os três monólitos foram alvo de centenas de interpretações.
Sobressaíram-se muitas, dentre as que afirmavam que os discos de pedra tinham mensagens dos deuses, histórias dos povos, desenhos geométricos, culturas alienígenas, definições de mundos lendários e por ai afora.
Porém, nenhuma delas pode apresentar uma tese que reúna o verdadeiro significado.


Tenho redundado em repetidas vezes, e continuarei com a mesma cantilena ao longo do livro, afirmando que nenhuma das teses que se referem ao calendário, especificamente, estiveram corretas, mas, pelo contrário, estiveram e continuam totalmente erradas. Não descarto também que todas elas foram frutos de pesquisas extenuantes e que seus autores entregaram-se de corpo e alma para consegui-lo. Nesse aspecto, sei que meus antecessores entregaram-se com a mesma vontade que eu próprio para conseguir o derradeiro trabalho e é por isso, pela entrega, pelo amor, pelas centenas de renúncias, pelo confronto com a crença religiosa e principalmente pela vontade em definir o tema, sei que eles, todos aqueles que a tentaram, devem continuar no

mesmo pedestal que conseguiram nessa apaixonante luta.
- No Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México, dentre centenas de outros não menos valiosos tesouros, encontramos um grande bloco de pedra de basalto de 25 toneladas com gravações hieroglíficas em um disco de 360 cm de diâmetro. Verifique a fotografia do original em anexo.
No todo, eis como são definidos os hieróglifos talhados no bloco de pedra pelos especialistas, com relação a esse extraordinário tesouro:
- Este calendário de pedra mostra a história do mundo, segundo a cosmologia Asteca. No centro está o Sol (Tonatiuh), cercado pelos símbolos dos movimentos e os quatro sóis ou mundos cosmogônicos anteriores aos Astecas.
Tigre, Água, Vento e Chuva de Fogo são os mundos que relatam os hieróglifos.
Ao mesmo tempo, estão os 20 dias do mês Asteca, os raios solares, as pedras preciosas, elementos do culto solar e as duas serpentes que indicam o retorno cíclico da ordem cósmica.
O grande disco foi descoberto em 1790, nas reparações da catedral metropolitana da Cidade do México que fora edificada sobre o antigo templo de Tenochtitlán.

Nos hieróglifos do calendário, nota-se o estilo pictórico da arte Maia e também a Tolteca.

Estimado leitor, peço desculpas. Pois enxergo uma fantasiosa salada de descrições que confunde até a mais apurada imaginação de qualquer ser inteligente. Espero que minha pergunta não o ofenda. Você conseguiu entender o que dizem sobre os hieróglifos da Pedra do Calendário Solar? Da minha parte, eu não entendi absolutamente nada. Fora disso, não acreditei essas referências e é por isso que estou lhe apresentando este livro para seu julgamento.
Contestamos essas definições absurdas sobre a Pedra do Sol, ou o Calendário Asteca. Neste trabalho, ressalvamos que, no emprego de índices astronômicos, dá do mesmo modo um amplo espaço ao arbítrio. Os períodos lunares, uma das causas de incertezas, derivam do fato de que eles não começam sempre na mesma hora do dia.
Ainda, as revoluções sideral e sinódica selenita diferem aproximadamente em dois dias.
As revoluções terráqueas são ainda mais difíceis de fixar que os da Lua.
Só podem ser determinados com a ajuda de pontos de referência em verdadeiros instrumentos e após de longas observações pacientemente acumuladas no tempo. Técnica empregada sem dúvida pelos nossos ancestrais e construtores do processador.
Elucidei brevemente essas particularidades, as dificuldades de controlar em forma simples e singela, as mecânicas celestes que mais nos preocupam com a finalidade de clarear, nem que seja resumidamente o tema.
Tenho uma especial admiração pelo Dr. Anthony F. Aveni, cientista no ramo da arqueoastronomia e professor da Universidade Colgate em Hamilton, Nova York, ao se manifestar que:
“Todos os povos mesoamericanos, nossos milenares ancestrais, adquiriram pacientemente, com o tempo, uma evolução absolutamente lógica e estritamente natural”.

Pode o destino não permitir que esse excepcional mestre aprecie todo o trabalho. Porém, o mesmo foi norteado em grande parte com esses princípios. Uma feliz verdade.

Na realidade, o disco de pedra do Calendário Asteca, ou Pedra do Sol, é um documento material da observação lenta e paciente desenvolvida pelos nossos ancestrais americanos e uma vez apurada transferida nos hieróglifos do imponente bloco de pedra.
Ele descreve um mecanismo, um método, um sistema arquitetado para controlar o tempo. Os dados decodificados pelo seu processador entregam-nos fartas informações do astro rei, do planeta Terra e do seu satélite natural a Lua.
Na Pedra Solar, está, realmente, um método astronômicos de controlar o tempo terráqueo.
Podemos, sem dúvidas, comparar o fantástico hieróglifo do calendário com uma maquinaria. Em informática, conhecido como Hardaware, conjunto de componentes físicos de um computador ou de seus periféricos. Com estes elementos podemos conseguir programas e dados similares aos softwares.
Resumindo, temos na Pedra do Calendário Solar, um sistema de processamento de dados... Criado há milênios pelos ancestrais de todos os americanos.

Seguramente, meu amigo leitor tem, em qualquer lugar pendurado à vista, um calendário, um almanaque, uma folhinha.
Ao observá-la, imediatamente estará controlando o tempo. Os meses, os dias
e o ano a que pertence. Com ele se pode retroagir no tempo. Se situar no tempo.
Ou se anteceder e se preceder ao tempo. Passado, presente, e o futuro do tempo sendo controlado pelo “seu” calendário, a folhinha, aquela mesma com a fotografia de uma deusa em biquíni. Tem também folhinhas com santos religiosos, com paisagens e com flores ...
Cada ano novo muda a folhinha com motivos diferentes nos desenhos.
Existem vários tipos. Uns tem todos os meses estampados em uma folha só. Outros cada mês em folhas separadas e motivos de desenhos diferentes. Outros são, tecnicamente falando, fantásticos, pois estão programados para fazer a leitura de muitos anos passados e controlar outros tantos anos vindouros.

Estes, geralmente em relógios, calculadoras e nos computadores.
Acostumados à tecnologia espacial da nossa era, podemos acreditar que o denominado “sistema de processamento de dados milenar dos americanos” é um engenho de ficção, comum nos programas televisivos tipo Jornada nas Estrelas, uma tapeação para conseguir chamar a atenção e vender os livros, ou simplesmente uma nova piada.
Mas não é nada disso.
Ele é real, a ponto de poder ser decifrado, lido e compreendido por qualquer ser humano. Ninguém, nem eu mesmo, ao lançar uma nova teoria podemos pretender que encontrará uma acolhida ardorosa imediatamente. Porém, ao apresentar o verdadeiro significado dos hieróglifos da grande Pedra Solar, fico não só expectante, como seguro, de que essa interpretação deve de ser aceita sem debater. E não é para menos.
Vamos observá-lo atentamente e, se possível, com o respeito que merece, dado que somado aos milênios que foi construído, ele foi legado pelos nossos sábios ancestrais justamente para a posteridade. Posteridade é um tempo que se encontra no futuro de qualquer acontecimento. E falar de tempo, é pretender saber em que lugar estamos no universo, agregando dias e mais dias, tentando acreditar daquilo que nunca estaremos certos.
Disso, é quase seguro que não vamos acertar.
Além das expectativas sobre a pedra, o calendário, ou a do processador americano, estou, confesso, curioso em enxergar seus olhos querendo sair das órbitas ao conseguir lê-lo.
Os hieróglifos do disco de pedra estão divididos exatamente em 3 (três) partes bem definidas.
- Um círculo central com dados Solares.
- Um círculo medial com dados Terrestres.
- E um círculo externo com dados lunares que se complementam com todos os outros dados dos hieróglifos.
Fizemos um esboço especial do disco de pedra, uma cópia quase exata dos hieróglifos para poder considerar-la com mais cuidado e que você pode conferir no desenho em anexo.
No centro da pedra está a figura estilizada do Sol, ladeado de 4 (quatro) retângulos com seus regentes cíclicos (na cor verde) .
Na esquerda superior, Balamquitze.
Na esquerda inferior, Balamacab.
Na direita inferior, Muhucutah.
Na direita superior, Iquibalam.

Eis os regentes para cada Sol e para cada um dos ciclos de 364 dias do calendário.
Por que cada retângulo contabiliza 364 dias? Por um motivo muito importante, o calendário americano contabiliza 4 (quatro) revoluções do planeta Terra ao redor do Sol e não como estamos acostumados a contar em nossos almanaques um ano com 365 dias correspondentes a somente um giro da Terra em volta do Sol.
Complicou? Acredito que não muito. Explico.
Nossa folhinha atual nos mostra um ano. Espie nela.

Somente um ano, de Janeiro à Dezembro. Correto? E nessa folhinha, sabemos que existem 365 dias...somente, 365 dias... (excepcionalmente a cada quatro anos contaremos 366 dias para corrigi-lo) é dizer, um só giro da Terra ao redor da estrela Sol. Um ano. Tempo de só “uma” revolução ao redor do Sol. Suponhamos que “este” ano é o ano dedicado ao Ano Geofísico Internacional. Isso quer dizer que nesse ano, seu patrono será àquela ciência que estuda os fenômenos físicos que afetam à Terra. Ou pode mais simples, ser o ano da paz... A PAZ será então o patrono desse ano e contabilizaremos o tempo de um só Sol.
A “folhinha” da Pedra do Sol não contabiliza só um ano, só um Sol, porém, codifica, registra,

computa 4 (quatro) anos, quatro voltas ao redor do Sol, ou como se poderia dizer sem medo de errar, tem um total de 4 (quatro) sois. De forma que, Balamquitze, Balamacab, Muhucutah e Iquibalam, são os nomes de cada um dos patronos (regentes) de cada um dos sois que se processarão no sistema calendárico.
Está ficando um pouquinho mais fácil? Não falei?

Ao lado desses retângulos na cor verde, em cada um dos 4 “regentes” existem pequenos círculos (quatro no total) bem definidos (bolinhas) com outros 2 (dois) pequenos círculos no seu interior, representando os hieróglifos de cada um dos sóis que representam cada “Sol” de cada ciclo (eles estão pintados na cor amarela).
Temos então os desenhos de cada um dos sois de cada regente.
4 regentes, 4 sois.
“Ciclo" é o equivalente a cada um dos sois, de cada ano. Ao invés de ano, registramos ciclo e ainda para definir somente 364 dias para cada Sol. (Mais adiante explicaremos o motivo de contar cada ciclo com 364 dias) O quinto círculo, com somente 1 (um) outro círculo menor no seu interior e localizado bem embaixo da figura do Sol central, representa o 5to (quinto) Sol (também na cor amarela).
Este 5to (quinto) Sol na verdade é o tempo de passagem, aquele Sol incompleto que contabiliza somente 5 (cinco) dias. E é o começo da nova contagem de um novo Ano Cíclico do sistema no qual se efetua a correção, uma vez transcorridos os outros quatro sóis ou ciclos de 364 dias cada um do calendário. Uma vês transcorridos no 5to Sol esses 5 dias, já estaremos novamente contabilizando também os primeiros 5 dias novamente do 1ro (primeiro) Sol.
Fique tranqüilo, o único com direito a ficar nervoso sou eu...
Acima do 5to (quinto) Sol e abaixo da figura do Sol central, entre ambos, contabilizamos no hieróglifo (veja no desenho em cores vermelhas) 05 (cinco) marcas muito similares aos dentes do milho (na cor vermelha).
Esses desenhos representam os 5 (cinco) dias que devem ser agregados na entrada do 5to (quinto) Sol, conhecido em todos os documentos existentes e até o momento não interpretados, como a “quinta era dos tempos”. Estes sinais representam à correção que será efetuada no 5to (quinto) Sol e na data certa de: 4 Ahau-8 de Cumhú

4 Ahau-8 de Cumhú, para que não fique agressivo comigo e jogue o livro pela janela, é mais ou menos como se fosse... Sábado 4 de Agosto...
Agosto não é o 8vo (oitavo) mês no nosso calendário Gregoriano? Certo.
Cada retângulo (em verde) com seu regente, representa um ciclo solar de 364 dias.Ao multiplicar-mos os 4 (quatro) sois com seus correspondentes 364 dias cada um, obteremos um total de 1.456 dias!!! Os quatro ciclos perfazem um total de 1.456 dias, que, ao se agregarem mais os 5 do quinto Sol para corrigi-lo, em 4 Ahau 8 de Cumhú, permite-nos contabilizar um total de 1.461 dias para o “ano cíclico” do calendário lunissolar americano.

Observação:
Vamos deixar bem claro uma questão que deve de estar lhe preocupando.
Desde a primeira tentativa em decifrar os documentos hieroglíficos, os códices, desenhos e lápides concernentes ao calendário, ele foi atrelado ao mesmo tipo de controlar o tempo utilizado naquela época, o calendário Juliano e posteriormente, ao do calendário Gregoriano. Todos sabem que o calendário cristão contabiliza ininterruptamente só um ano. É dizer, que a cada volta da Terra ao redor do Sol, registramos um ano de 365 dias durante 3 anos e o quarto ano com 366 dias para corrigi-lo no mês de Fevereiro agregando mais um dia.
O vigésimo-nono dia.
Acredito que a teimosia em equiparar os dois como sendo um mesmo sistema de contagem, tenha sido a razão de tantas dissensões sobre as datações dos eventos históricos que até este momento produz tantos desconcertos. Em capítulo específico do livro, tenho afirmado que o sistema foi propositalmente tergiversado com o intuito de menoscabar a sua precisão e ainda realizar um plágio vergonhoso para ser utilizado na modificação do calendário Juliano se implantando o calendário Gregoriano como sendo uma ciência concebida pelos sábios europeus daquela época.
Temos que lembrar ainda, que os descobridores e os conquistadores das atuais Américas detinham naquele tempo, um sistema calendárico falho e ultrapassado. Sem contar que acreditavam na teoria de Ptolomeu que afirmava ser à Terra o centro do universo. Somente 150 anos após aproximadamente, é que a Europa provoca a sua primeira revolução científica. Corrigem o calendário e adotam o sistema heliocêntrico. Aqui o plágio descarado. Aqui a tentativa em destruir as ciências dos subjugados, martirizados e imolados ameríndios.
Foi, sem medo de errar, o primeiro holocausto do planeta.

Nesses 4 (quatro) ciclos de 364 dias cada um e que somam 1.456 dias, existem exatamente 16 (dezesseis) grupos (estações) de 91 dias cada um.
Guarde o número 16. Ele será muito importante logo a seguir.
E não preste absoluta atenção à grande cobra que lhe sorri no canto inferior da Pedra, ela já tem inoculado seu veneno a muitos desprevenidos e incautos que acreditaram ela ser a fonte milagrosa de vida eterna e que rege a pedra do calendário. Não é.
Agora, o processo fica um poquinho mais incrementado. Passa de um lento 286 Mhz para um resoluto Pentium 4.

Não fique nervoso, ainda. Deixe só comigo.
Após o círculo central semelhante a uma roda de carro moderno e correspondente aos dados solares, temos o círculo da Terra. Esse círculo parece a um pneus colocado na roda.
Em direção de cada quadrante regente (Verifique o desenho) tem começo as entidades (ou estandartes, a bandeira) que rege cada um dos 4 ciclos.

No primeiro ciclo, com Balamquitze, encontramos seu estandarte na figura do Caimán e a seguir as figuras das 4 (quatro) primeiras estações de 91 dias cada uma somando 364 dias ou o primeiro ciclo. 4 X 91= 364
Vento, Casa, Lagartixa e Serpente.
A seguir, o ciclo de Balamacab com seu estandarte Morte e as estações Cervo, Coelho, Água e Cachorro, completando o segundo ciclo e um total de 728 dias.
Já no terceiro ciclo, Muhucutah, e seu estandarte Macaco, nos entrega mais 364 dias com as estações Coisa Torcida, Cana, Tigre e Águia, aumentando para 1.092 os dias processados.
No último ciclo, o quarto do calendário, seu regente Iquibalam, guia seu estandarte Abutre
(o desenho assemelha-se com uma cabeça de tigre. No final deste capítulo explicamos o motivo), nos entregando mais quatro estações que processarão ao todo os 1.456 dias com
as estações Movimento, Faca, Chuva e Flor.
Observação: Em todas as publicações referentes ao sistema do calendário Maia e Asteca
se afirma que estes mesmos desenhos agora definidos como estações, são um total de
20 (vinte) desenhos que representam os 20 dias do calendário. Sucede que não são
20 desenhos. Somente a soma dos dois grupos soma 20.
Na realidade são 16 desenhos de coisas específicas e outros 4 desenhos sempre em destaques separados dos outros 16. Acontece que esses 16 e os outros 4, tem sido em todos os casos somados erroneamente e como pertencentes a um único grupo definidos como dias do calendário.
Para demonstrar esse crasso erro, adicionamos um desenho da página 30 do Códice Bórgia (um dos códex mais controvertidos em arqueologia meso-americana) Podemos notar que no conjunto existem, indiscutivelmente, 20 desenhos...
Podem notar que os 20 tipos de desenhos representam as mesmas coisas, os mesmos objetos, os mesmos animais gravados na pedra. E para mais dados, o Bórgia não pertence ao mesmo lugar aonde construíram a pedra solar e que não é da mesma época.
Como assim também a pirâmide de Kukulcán e outros documentos espalhados no vasto império pré-colombiano.
Porém, podemos ademais comprovar sem qualquer dúvida, que temos dois grupos de desenhos. 16 figuras contornando o centro do códice Bórgia e outros 4 desenhos separados dentro de círculos próprios.
16 desenhos correspondentes as 16 estações de 91 dias e 4 desenhos correspondentes aos 4 sois existentes no processador milenar americano.
No livro existe um capítulo sobre vários códices específicos sobre o calendário americano e o Códice Bórgia é um deles que não deixa dúvidas referentes aos tipos de desenhos e suas importâncias para afirmar sobre essa questão. Por isso afirmamos, não existem 20 desenhos representando os dias do calendário e sim, 16 desenhos que reproduzem as 16 estações e mais 4 desenhos próprios que desempenham os papeis de cada um dos ciclos de 364 dias do fantástico processador.
Aos 1.456 dias, agregamos os 5 (cinco) dias posicionados (em vermelho) acima do círculo do 5to Sol. A soma total ascende a exatos 1.461 dias.
No pequeno círculo (semelhante ao pneu de um automóvel) correspondente ao da Terra, contabilizamos os estandartes dos quatro ciclos e todas as 16 estações.

É aqui que desejo preste mais atenção. Eu disse, 4 (quatro) ciclos e as 16 (dezesseis) estações. Isso soma ao todo 20 (vinte) pequenos retângulos de desenhos diferentes. Guarde esta informação... Não!!! não escreva no livro, por favor!!!
Logo a seguir, ainda no círculo terráqueo, conferimos que dele nascem as marcas das 16 estações, quatro marcas (setas em vermelho) indicando o Sol no Solstício de Verão, ou Calor. Quando o astro se encontra em 23 graus e 27 minutos no hemisfério Norte, ou mais conhecido como Trópico de Câncer.
Quatro marcas (castelos em azul) com o Sol na Linha do equador rumando para o Sul no ponto que na atualidade denominamos de Gama e começa o Outono no Hemisfério Norte.
Mais quatro marcas (obeliscos em amarelo) que indicam o Sol em 23 graus e 27 minutos, só que com seus raios a pino no Trópico de Capricórnio no hemisfério Sul e o início do Solstício de Inverno no hemisfério Norte.
E as últimas quatro marcas (torres em verde) para indicar o Sol novamente no Equador, ou ponto Alfa rumando ao trópico de Câncer, no começo da Primavera para o hemisfério Norte. Todas essas marcas rodeando e nascendo do círculo terráqueo.
Entre as marcas das estações, aquelas que sempre foram confundidas como as direções do universo, cruzes do calvário, e ainda como a rosa dos ventos (bússola), se encontram novamente desenhos semelhantes a dentes, ou sementes de milho.
O total no círculo das estações, conferimos que são 80 marcas, que divididas pelas 16 das estações nos entregam um total de 5 para cada estação.
Logo acima das marcas de dentes de milho, sempre entre cada estação, existem outras marcas no total de quatro para cada uma que, multiplicadas pelos 5 dentes, nos entregam a cifra 20, ou as divisões diárias, ou seja, as horas de cada dia das estações. Horas? Exatamente. Você pensa com toda certeza que finalmente agora começa o engodo. Que estou tentando vender desde o começo gato por lebre. Que de científico, esta pesquisa só tem promessas.
Peço-lhe um mínimo de paciência...Por favor...
Se entre cada marca de cada estação existem 20 partes, multiplicando os dias de cada estação, isto é, os 91 dias pelas 20 horas, existiriam um total de 1.820 horas. Os 1.820 representam o total de horas nesse período de 91 dias de cada estação. Ao multiplicar às 1.820 horas pelas 16 estações, obteremos o total de horas durante os quatro ciclos do calendário.
Os quatro ciclos, com seus 1.456 dias, somam um total de 29.120 horas.
Com mais 100 horas correspondentes ao ajuste de mais 5 dias para corrigi-lo, teremos um total de 29.220 horas nos 1.461 dias do ano cíclico completo.
O processador lunissolar decodifica impassível, os dados para o qual ele foi arquitetado e criado. Os hieróglifos inclusos da grande pedra são na realidade atual um processador de dados, um intrincado hardwere. Os dados que nos entrega tão diligentemente nada mais são do que um sistema computacional, o cojunto dos componentes que não fazem parte dos hieróglifos da pedra propriamente dita e que incluem as instruções, os programas e outros dados associados a ele e empregados na utilização do sistema. Resumindo, o software. Esses dados são os softwares que processa o calendário americano.
Passemos agora ao círculo correspondente aos hieróglifos dos dados lunares.

Ele é o terceiro círculo externo, mais escuro no desenho do disco do calendário de pedra. Começa a partir das 16 pontas das marcas superiores das estações.
Bem no ângulo superior, (contrário a disfarçada cobra sorridente e mentirosa), existe um pequeno retângulo (na cor amarela) com um desenho central que detém 7 (sete) protuberâncias (digamos que tem aparências de folhas da planta do milho), indicando que existem 7 marcas, para o efeito, dias, que representam na realidade, cada uma das 4 (quatro) fases lunares e que, multiplicados, nos entregam 28 (vinte e oito) dias para cada mês lunar. Mês lunar de 28 dias adotados para configurar o processador (28 dias são a media adotada entre 27 e 29). Ao redor do desenho, contabilizamos 13 pequenos círculos (em vermelho). Eles, com toda lógica, indicam o total de meses lunares existente em cada ciclo do processador com seus 364 dias.

Segunda Observação: Neste ponto aparece outro dos números que criaram tantas confusões durantes estes últimos cinco séculos. Aqui está o 13. Número que por infelicidade, ou intencionalmente, foi atrelado em conjunto com os desenhos que se afirmavam serem 20.
É com este 13 e o 20 que se criou, multiplicando-os, um outro sistema calendárico. Foi com estes números que se inventou o Tzolkín, o calendário religioso de 260 dias...
Em capítulos sucessivos, encontraremos fartas informações sobre esse desastrado e complexo meio de contagem do tempo.

Nos 13 meses de 28 dias, existem ademais, 52 fases de 7 dias cada uma. Na divisão de um ciclo (364 dias) se encaixam 52 dias (fases) de 7 dias cada um.
364 : 7 = 52

Terceira Observação: O número 52 sempre esteve ligado a anos. Anos em que dois calendários, o de 365 e 260 dias se cruzavam. Estes calendários não existem. Nunca existiram.
Um dos indícios mais patentes sobre o 52, encontra-se na Pirâmide Kukulcán.
Em cada uma das quatro fases da pirâmide existem 52 lápides repartidas entre as escadarias de 91 degraus. Para obter-se 365 dias como se afirma, multiplicam as quatro escadarias de 91 degraus e se soma a da plataforma superior única para obterem 365 degraus ou dias como dizem e que ao multiplicarem por 52 do anos do calendário profano obtenham 18.980 dias que ainda, divididos pelos 260 resulte nos 73 nos anos do calendário religioso, pergunto:
Empregaram-se as quatro escadarias de cada uma das quatro fases da pirâmide, qual foi o motivo, o impedimento ou o desleixo em não terem também empregados as 208 lápides existentes nas quatro fases da fabulosa pirâmide? Temos em um capítulo especial sobre a Pirâmide de Kukulcán de Chichén Itzá aonde a deciframos corretamente.

Na borda externa do grande círculo (aqui seu raio, seu semi-diâmetro, atinge 180 cm), existem gravados os hieróglifos de dados para confirmar esses meses, as fases e a soma em dias dos fenômenos selenitas.
Tomemos as pontas de marcas de cada umas das 16 estações como referências. Pois eles nos dividem o tempo solar a ser contabilizado com extrema precisão. Entre cada marca, 91 dias. Contabilizemos o espaço de tempo entre as pontas, com as marcas dos círculos pequeninos e as marcas um pouco maiores e alongadas bem externas. Obteremos, com uma apurada conferência, a soma de dias para cada mês lunar, o total de dias para cada fase da Lua, o total de fases da Lua para cada ciclo, e, ao acrescentar as marcas das estações, confirmaremos que durante cada um dos ciclos, isto é, em cada um dos 364 dias (com 4 estações) teremos 13 meses lunares que, multiplicados pelos 4 ciclos, somam um total de 52 meses lunares de 28 dias e 208 fases lunares em 1456 dias.
Repete-se o 52. Agora não para contabilizar as fases total de cada um dos ciclos (Sol) e sim para demonstrar, categoricamente a existência de 52 meses lunares nos 4 (quatro) ciclos.
Apesar de não se observar com precisão no desenho original (fotografia), no disco solar, ou seja, na Pedra do Calendário, existem também 8 (oito) marcas no círculo externo (sobre relevo em vermelho), algo assim como 8 pequenos protuberantes círculos.
O documento de pedra registra nos seus hieróglifos um total de 1461 dias.
Se dividirmos esses dias pelas 8 marcas, teremos como resultado a cifra de 182,625.
Os 182,625 multiplicados por 2 nos entregam o valor médio em dias para cada ciclo do calendário. Exatos 365,25 dias. Esses valores, 365,25 correspondem ao tempo de 1.461 dias processados sem a correção fina.
O processador tem duas correções – um em 4 Ahau 8 de Cumhú a cada 4 ciclos de 364 dias e outra correção a cada 46.751 dias equivalentes a 32 anos cíclicos de 1.461 dias.
Esse valor médio corresponde, para todos os efeitos, a um valor estritamente astronômico.
Os 8 pequenos círculos, se multiplicados também pela divisão principal do disco, 4 marcas principais, nos entregam um total de 32, número que indica o total de anos cíclicos necessários para realizar outra correção (fina) e contabilizadas somente após a passagem de 46751 dias. Vejamos como:
31 ciclos de 1461 dias e mais um ciclo de 1460 dias.
Veja bem. Isso quer dizer, que durante 31 anos cíclicos de 1.461 dias cada um, a correção em 4 Ahau-8 de Cumhú deverá de ser realizada a cada 4 sois.
Porém, quando atingirem os 32 anos cíclicos, repito, de 1.461 dias, a correção de 4 Ahau-8 de Cumhú não deve de ser realizada e sim, uma outra programação para ajustar seu processamento nesta forma: Não se agregará mais um dia. Esse ano cíclico terá somente 1460 dias.

31 x 1461 = 45291 dias

45291 + 1460 = 46751 dias

Com esse total de dias, a média astronômica do calendário americano é de:
365,2421875 dias

46751 : 32 = 365,2421875

Nos desenhos a respeito, conferimos que, entre as 8 marcas exteriores, existem 26 pequenos retângulos na borda externa do disco. Ao multiplicarmos os 26 pequenos retângulos pela totalidade de pequenos círculos, 8 ao todo, obteremos a quantidade de fases lunares de 7 dias, cada uma durante o transcurso dos ciclos. Um total exato de 208 fases.
Esse mesmo indício está na pirâmide de Kukulcán em Chichén-Itzá com as 2 (duas) cabeças das serpentes que multiplicadas pelos quatro lados, entregam-nos o 8 (oito).
Falar que tanto o calendário Asteca é exatamente o mesmo que o calendário Maia é falar somente à verdade.

Não existem, repito, dois ou três ou mais calendários.
Não existem o Tzolkín com seus 260 dias e o Tonalamat com 365 dias!!!.
Existe somente um só calendário americano.

Continuemos navegando ao redor da Pedra?
As bolinhas menores, a seguir dos pequenos retângulos externos, no mesmo espaço entre dois círculos, somam um total de 52 que, para todos os efeitos, representam as 52 fases lunares de 7 dias cada, existentes em cada ciclo e também os 52 lunares de 28 dias cada um nos 1.456 dias do processador.
Também os hieróglifos da pedra entregam-nos ainda outras pistas mais apuradas, porém simples de conseguir. Para esses detalhes, verifique no desenho da pedra (ela foi desenhada com extrema minúcia) tomando duas pontas das estações, traze uma linha para o borde exterior até ultrapassá-la e conte quantas marcas existem nesse espaço externo da pedra de uma só estação de 91 dias .
Vai conferir que existem, nesse espaço, 13 marcas.
Se dividir o 91 pelo 13, vai nos entregar o valor de dias de cada fase lunar que são 7.
91 : 13 = 7

Se existem 16 pontas de estações ao todo na pedra com 13 marcas cada uma, nos entregam 208 marcas, ou seja, o total de fases lunares.

Observação:
Nas quatro fases da Pirâmide de Kukulcán, contabilizamos exatamente o mesmo número. Cada cara da pirâmide tem 52 lápides, que multiplicadas por 4 (quatro) lados, nos entregam exatamente 208 lápides!!! 16 X 13 = 208.

Se multiplicarmos as 208 por cada um das fases 7, obteremos o total de dias que o sistema processa esperando a entrada de mais 5 dias do último mês de cada ciclo, Uayeb o 190.

208 X 7 = 1.456

Qualquer cálculo feito com os números explícitos programados para o sistema, sempre estarão coadjuvados, pois o mecanismo processará o tempo, somente nessa configuração.
- Em capítulos específicos sobre os meses do calendário, colocamos seus nomes, suas divisões, e suas intercalações. Existe ainda uma tábua de todo o processamento para podermos acompanhar o tempo Solar e Lunar do sistema milenar americano.

A Pedra do Sol é pois, exatamente, o aparelho que detém a configuração do sistema de processar os dados do tempo.
Isto significa que esse pedaço de 360 cm de diâmetro de pedra cheia de hieróglifos nada mais é do que um documento matemático e astronômico para controlar o tempo Solar e Lunar com respeito ao planeta Terra.

Tenho que agregar, dado que sinto comichão no corpo todo, que não adianta continuar tentando decifrar uma outra coisa para o disco de pedra. Logo mais vamos conhecer vários outros vestígios e pistas nos códices, nos documentos, em lápides, nas diferentes construções e também nas pirâmides.
A partir do momento em que nossos ancestrais dominaram o tempo, a humanidade teve seu primeiro salto rumo ao futuro. A pedra do calendário, a pedra do Sol, nem com a tentativa de exorcizá-lo, vai revelar um outro artefato.

Ele é a mostra de um método eficaz, seguro, e exato, de controlar o tempo de nosso planeta no sistema solar.
E mais nada!!!
Não adianta inventar outra coisa...
Nem com a ajuda dos velhos e enferrujados ídolos que desembarcaram a tiracolo dos conquistadores, duros na queda e também com propriedades pétreas.
A pedra circular está como afirmei, no Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México, e para conhecer um pouco mais a seu respeito tenho a obrigação de fazer vocês o conhecerem um pouco mais profundamente. Achei que desta forma poderia transmitir esse grande monumento para meus leitores.

Como é difícil resgatar os valores de uma civilização. E muito mais difícil ainda quando determinada civilização teve que suportar a passagem de um destruidor rolo compressor.

Mas... felizmente, após um processo secular de evolução social, econômico e cultural, o povo mexicano montou “seu” museu.
A idéia principal era a necessidade de exibir, de forma clara e objetiva, os fundamentos da civilização mexicana e, claro, centro-americano, pois o atual México ficou restringido a uma das partes do grande império Náhuatl.
Essa tarefa, vasta por sinal, exigiu esforços concentrados da elite intelectual do país e da maioria dos membros do governo.
A idéia era, em princípio, reunir todas as culturas dos vários povos que formavam o atual território do México, mas essa tarefa, gigantesca, só em parte foi cumprida, pois, como já sabemos, era um império tão extenso que na atualidade estabeleceram-se nele vários países.
O próprio México, o Sul dos Estados Unidos da América do Norte, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Belize, Guatemala e o centro da América como um todo.
No México, a concepção e organização do museu data da época da conquista espanhola, desde o início da terceira década do século XVI. Os conquistadores, ávidos de dominar e explorar os nativos, começaram a coletar documentos que, acreditavam eles, ajudariam a compreender melhor a civilização conquistada, resultando talvez no primeiro estudo antropológico dos atuais americanos.
Centenas de documentos de todos os tipos rumaram para o Velho Mundo. Lá foram estudados, utilizados e arquivados. Prateleiras imensas nos porões de vários governos europeus, cheias de livros, objetos, códices, relatos, histórias, foram se empoeirando, e convertendo em cupinzeiros, se perdendo finalmente a cada leva de limpeza.
Se prestou atenção, deve ter lido: estudados, utilizados e arquivados. Estudaram muito bem sim e a fundo. E ao descobrir a importância dos conhecimentos escritos pelos americanos, foram prestamente utilizados e usados em benefícios próprios.
Arquivados e esquecidos. Condenados...

O italiano Lorenzo Boturini desembarcou no México em 1736, disposto a colecionar documentos para estudos e pesquisas com as que intencionava escrever uma história sobre os povos conquistados. Foi mal compreendido e todos os manuscritos já concebidos, os códices que traduzira e os documentos que transcrevera foram retidos, por ordem do Vice-rei espanhol Don Antonio Bucareli e remetidos à Pontifícia Universidade Real, instituição que permitiu a criação do atual museu e de outros espalhados em diferentes cidades.
Já no século XVIII, cresceu o interesse pela farta coleção na Pontifícia e deu marco a uma nova fase, precisamente em 1790, quando o Conde de Revilla Gigedo ordenou que todas as coleções particulares, da Pontifícia, as do italiano Boturini, e as achadas na Plaza Mayor durante as obras de pavimentação, fossem reunidas num só local.

O local escolhido seria a Universidade. Dentre algumas relíquias, a Grande Pedra do Sol foi colocada fora da Universidade, e ficou incrustada em uma das paredes da catedral de México ainda em construção.
O político, historiador e líder governamental Don Lucas Alamán organizou em 1823 o Museu de Antigüidades e História Natural do México. Escassos dois anos mais tarde, o primeiro presidente constitucional da República do México, Don Guadalupe Victória, por um decreto da presidência cria legalmente o Museu Nacional.
Nesse museu, encontravam-se coleções que incluíam vasto material da época pré-hispânica, do período vice-real, e infinidades de peças de história natural.
Ia assim aumentando seu acervo de forma que o espaço da Universidade já quase não os comportava. Iam se empilhando por todos os cantos possíveis. Somente em 1865, o Arquiduque Maximiliano decretou a transferência do mesmo para a Casa da Moeda, onde o acervo pôde ficar menos apertado.
O museu realiza a primeira publicação: Anales del Museo Nacional, em 1877.
Após vários anos e algumas mudanças de locais, finalmente o governo, antropólogos, artistas, literatos, professores e humanistas promoveram a criação de um local definitivo, amplo e soberbo para expor todas as relíquias.
Por outro lado, as instituições, universidades, grupos econômicos, políticos e entusiastas realizavam a campanha de coletar centenas de objetos, documentos e materiais, adquirindo-se de particulares, de outros museus do mundo afora e resgatando-se das ruínas abandonadas.

Caso de polícia ou simples diferencias?
Acredito piamente, que os desenhos da grande Pedra do Sol, ou, o “Calendário Asteca”,
hoje no Museu Nacional Mexicano de Antropologia foi alterado adrede em parte.
Ao observar detidamente os desenhos dos estandartes das estações, podemos conferir que “Cipactli”, ou Caimán, com quatro sois, um em cada canto interno do quadrante, corresponde perfeitamente ao desenho de um crocodilo, atendo exatamente ao original.
No desenho do estandarte “Miquiztli”, ou Morte, com seus quatro sois nos seus correspondentes cantos, notamos traços aproximados, não muito bem definidos da cabeça de uma caveira, possivelmente estilizada pelos gravadores autênticos dos glifos da Pedra
do Sol.
No terceiro ciclo, “Ozomatli”, ou a do Macaco, onde se repetem os quatro desenhos internos solares em cada ângulo, podemos reconhecer, assim como o anterior, apesar de estarem ambos de cabeças para baixo, as características de uma cabeça de símio.
Já no quarto ciclo, no quadrante aonde contabilizamos já cinco sois, por ser neste ciclo aonde aparece o quinto Sol, a do “Cozcacuauhtli”, ou seja, a do Abutre, e notamos, com muita evidência que a cabeça do hieróglifo não corresponde visualmente ao de uma ave.
Foi alterado? Como? Por quê?
Essas perguntas devem de ser apuradas por especialistas.
O que podemos notar, é que, no lugar da ave de rapina, o Abutre, o hieróglifo nos mostra a cabeça de um felino ou talvez a de um tigre. Pode ser um puma? Pode ser um cachorro?
Os três desenhos de comparação, já demonstram um conflito de interpretação.

Adiantando-me aos especialistas, essas modificações foram feitas após o desenho original sofrer alguma destruição ocasional?
Ou realizaram uma remodelação com o fim de tergiversá-lo?
A primeira hipótese não pode ser descartada, pois existe também, bem próximo ao quadrante em questão, no borde superior do primeiro ciclo, um dano patente de destruição. Essa danificação, ainda, pelo lugar, pode nos confirmar que o estrago foi produto de descuido ou mau trato quando da sua descoberta durante as reparações na Catedral da Cidade de México em 1790.
Pode, nessa mesma data, ter acontecido o quase irreparável reparo do quadrante que corresponde ao quarto ciclo, ou alterado nesse mesmo tempo propositadamente. Mesmo ainda no quadrante correspondente ao segundo ciclo, “Miquiztli”, a Morte.
Como, na realidade, ainda a grande Pedra do Sol não foi decifrada convenientemente, pode, tanto ter acontecido um estrago acidental, mais pelo fato que nessa data, 1790, o novo sistema, o calendário Gregoriano já regia o mundo cristão, como supor, com mais convicção ainda, que as modificações observadas foram feitas adrede.
Podem ter sido feitas adrede tal como demonstro em capítulos subseqüentes, o plágio impetrado pela comissão que retificou o calendário cristão Juliano, resultando o atual regente, o calendário Gregoriano.
A Pedra do Sol foi uma descoberta ocasional após 200 anos da modificação do calendário Juliano. Tempo durante o qual acredito, teriam sido realizados alguns retoques nos seus hieróglifos.
Para seu conhecimento, todos os documentos, tanto nos códices que se recuperaram, nos desenhos em estuques, nos livros, nas lápides, em monumentos e outros indícios que se referem com exclusividade ao CALENDÁRIO, NÃO existe outro desenho a não ser um ABUTRE.
- Um dado muito interessante encontrado nos registros da própria catedral de México sobre seus acervos, nos deixa saber que após o descobrimento do monumental bloco de pedra com seus hieróglifos, ela foi colocada ao lado Oeste de uma das torres da catedral metropolitana. Praticamente na intempérie, ele foi se deteriorando. E segundo os cronistas dessa época, as pessoas lançavam nela imundícias, frutas podres e pedras aos relevos do disco do calendário. Está o relato muito bem documentado, que os soldados que ocuparam a cidade de México matavam seu tempo atirando nela como alvo.
Somente em 1885 os militares do governo de Porfírio Dias desprenderam o monólito do muro da Catedral para conduzi-lo ao salão principal do Museu Nacional nessa época ainda no pátio do Palácio Nacional de Governo. Dois anos depois, o Calendário Solar ficou como peça central na galeria de monólitos .
Somente na pedra do calendário solar aparece o puma, ou o gato, ou mesmo a cabeça de um outro felino ou até a de um cachorro. Por quê?
Lembro-lhe que entre os desenhos das 16 estações já existe indiscutivelmente um Tigre. Nenhum dos outros desenhos se repetem nos quadrantes...só o do tigre ou gato ou outro felino.
Confira que nos hieróglifos que circunvagam os quadrantes dos quatro ciclos, estão os desenhos das estações e também, antecedendo cada um dos grupos, os desenhos que representam cada um dos quatro ciclos.
E neles não existem dúvidas a respeito da sua verdadeira identidade.
No desenho correspondente podemos observar uma cópia do original com mais detalhes em uma ampliação suficiente para o efeito.

Nas laterais, indicações de cada um dos quatro ciclos e os nomes das estações para conferir, e ainda confirmar, o processador milenar.
Se tivéssemos somente este documento, ou seja, os hieróglifos da Pedra do Sol, ou a Pedra do Calendário Asteca como único parâmetro dessas diferencia, poderíamos chegar do mesmo modo a esse teorema. Com muito trabalho, pouco reconhecimento e muitas caras descrentes. Disso estou seguro.
Para minha tranqüilidade, e seu posterior sossego tentando depenar o Abutre, no caso a pedra, existem outros vários documentos que demonstram essa preocupação quase detetivesca.
Nos códices, decifrados finalmente em posteriores capítulos, poderá relaxar a vontade. Pão é pão e vinho é vinho. Ou, melhor digamos, abutre é abutre e não Tigre ou puma ou outro felino usurpador qualquer.
Veja, fico até meio melindrado. A nossa sorridente cobra não se ter aconchegado no lugar em questão. Do jeito que ela vai nos dar trabalho durante quase todo o resto do livro, fico assim... meio desconfiado. Para a sua tranqüilidade, posso lhe afirmar que já lhe extraí totalmente o seu veneno.
Colocamos um desenho, ainda mais ampliado que o anterior, aonde podemos conferir que “Cozcacuauhtli” o Abutre, encontra-se íntegro no círculo correspondente a Terra igualmente que todos os outros desenhos.
Fatalmente, nos desenhos que circundam os quadriláteros dos ciclos deveriam de ser diferentes também e isso não acontece com o Caimán, a Morte, o Macaco e o Abutre.
Foi um erro do artista?
Dado ela ter sido alvo para os soldados se exercitarem como atiradores, pode algum projétil ter ocasionado a destruição do original e ao ser reparado, trocaram por desconhecimento com a figura atual.
Uma modificação posterior tentando restaurar um acidente, ou uma leviana maquiagem dos hieróglifos?
Como nada mesmo acontece por “acaso” ou por “coincidência”, também neste tesouro caríssimo à nossa verdadeira identidade, devemos realizar uma investigação. Profunda, e sem medo.
Atualmente, é farto o acervo, de forma que centenas acham-se expostas em várias salas e muitos objetos aguardam restauração, classificação e catalogação.
Centenas de especialistas em antropologia, arqueologia e outros tantos amadores se dedicam a juntar os pedaços, cacos desconexos, a decifrá-los e deixar viva a chama que foi acesa pelo império, pela civilização que começou, com um calendário perfeito, a história de um grande continente, o americano, e a de um jovem país, o México.

Viva América, viva o povo mexicano. Viva a pedra do Sol !!!

Bem, anexo ao final deste capítulo, pareceres oficiais no original (Castelhano=Espanhol) da Secretaria de Turismo e publicados em Mérida, Capital do Estado de Yucatán México, na coluna referente à Pedra do Sol ou calendário Maia – Asteca.

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Más Cultura / Miércoles 04 de Enero del año 2006 / 13:12 Horas.
Publicado por Fe

La Piedra del Sol, calendario solar maya, desglose, la imagen central, primer y segundo circulo, los colores, significado religioso, deidades azteca...
Simbolismo de la Piedra del Sol


La Piedra del Sol es un monumento de carácter solar que muestra elementos relacionados con el transcurrir del tiempo. El diseño de esta enorme escultura se compone de una imagen central rodeada de cinco círculos concéntricos. En cada una de estas bandas circulares aparecen elementos que conforman el sentido simbólico de connotación calendárica de este relieve.

La imagen central
La deidad que se encuentra al centro de su diseño ha provocado muchas polémicas: hay quienes dicen que se trata del dios Tonatiuh, el dios del Sol, Xiuhtecuhtli, la deidad del centro del Universo, e incluso Huitzilopochtli. Hace unos años se planteó que esta imagen tiene que ver con el inframundo, con la tierra, o que es el Sol nocturno. Recientemente, se dijo que representa una versión peculiar de Tonatihu.

Primer círculo
Alrededor de la imagen central de la Piedra del Sol, en el primer círculo, aparecen la representación de los cuatros soles generadores del mundo: 4 jaguar (nahui océlotl), el primer Sol; 4 viento (nahui ehécatl), el segundo Sol; 4 lluvia de fuego (nahui quiáhuitl) el tercer Sol; 4 agua (nahui atl), el cuarto Sol.

Segundo círculo

A continuación de los soles cosmogónicos, en la siguiente banda circular, aparecen los 20 signos del calendario indígena: lagarto (cipactli), viento (ehécatl), casa (calli), lagartija (cuetzpalin), serpiente (cóatl), muerte (miquiztli), venado (mázatl), conejo (tochtli), agua (atl), perro (itzcuintli), mono (ozomatli), hierba divina (malinalli), caña (ácatl), jaguar (océlotl), águila (cuauhtli), buitre o zopilote (cozacacuacuhtli), movimiento (ollin), cuchillo de pedernal (técpatl), lluvia (quiáhuitl) y flor (xóchitl). En conjunto, estos elementos vinculan el movimiento del Sol con la conformación del ciclo calendárico.

Tercer y cuarto círculos
Sobre el círculo de los glifos calendáricos se apoyan cuatro rayos solares en forma de ángulo y conforman otra banda circular, que incluye elementos que simbolizan el universo y el calor del Sol que se extiende por todos los rumbos. En la siguiente banda circular se aprecian las puntas de cuatro púas sagradas en medio de sus ocho remates, con un quincunce, tres plumas y un jade cada uno. Complementan el diseño circular hileras de plumas cortas de águila, corrientes de sangre, bandas de chalchíhuitl y remates que simbolizan la sangre.

Quinto círculo
El disco solar está limitado por dos serpientes de fuego o xiuhcóatl que abren sus fauces, de las cuales emergen los perfiles de dos deidades contrapuestas, que se ha propuesto que serían Tonatiuh, el dios solar, y Xiuhtecuhtli, el dios del fuego, que aquí simbolizarían el cielo nocturno estrellado y el lugar de la tierra-noche, donde se hunde el Sol al ponerse. Los cuerpos de las serpientes mitológicas se conforman por una secuencia de elementos flamígeros encerrados en cuadros (versión estilizada de las mariposas). En medio del remate de las colas de las serpientes se encuentra una fecha calendárica: 13 caña, que de acuerdo con los principales cronistas fue el año en que nació el quinto Sol, Ollin Tonatiuh.

Los colores
Tras el análisis de muestras microscópicas de rastros de pintura de Piedra del Sol se sabe que este monolito estuvo cubierto (y no en toda la superficie) por los colores rojo y ocre, tonalidades que concuerdan con su simbolismo.
Actualmente, la Piedra del Sol puede visitarse en la sala Mexica del Museo Nacional de Antropología, en la ciudad de México.


René Hauron é formado em Radiologia Médica e Industrial. Arqueólogo e pesquisador amador desde a sua adolescência. É autor do livro A Verdadeira América .
Atualmente mora na Cidade de Primavera do Leste, Estado de Mato Grosso.
Contato: renehauron@myway.com